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O projeto Diversão em Cena apresenta neste sábado, dia 03, a peça “Nerina, a ovelha negra”, no Teatro Virginio Ometto. O espetáculo tem início às 16h, a entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados com antecedência pelo aplicativo ou na bilheteria do teatro. A iniciativa é uma parceria da Fundação ArcelorMittal com Prefeitura através da Coordenadoria de Ação Cultural e Amaci. A próxima apresentação acontece no dia 17, com a peça “Detetives de Espavô”. Sinopse “Só porque, veja que horror, o meu pelo é de outra cor”, berra, afinadíssima, a ovelha do título que risca seu lugar de fala na jornada de convencimento de seus pares acerca dos malefícios da intolerância no reino animal – ao qual, diga-se, também pertence o homo sapiens. A opereta, segmento do gênero musical de caráter mais leve, conta a história da personagem expulsa de seu rebanho por racismo. Sozinha, ela encontra com lobos famintos que, em vez de devorá-la, canalizam seus sentimentos de raiva e rejeição para que sevingue das colegas branquinhas – e estas caiam nas garras deles. Isso provoca um estouro do rebanho que ruma direto para a alcateia. Mas Nerina prova que o ódio nunca é o melhor caminho, tomando uma atitude que salvará a todas. Além dos recursos do videocenário e do teatro físico, a pesquisa musical sofistica-se ao ser executada pela primeira vez no palco. O elenco canta e toca sob arranjo da diretora musical Fernanda Maia. Ela cita contrastes das culturas negra e caucasiana, e seus desdobramentos em referências europeias e africanas como o samba, o choro, o reggae e a música clássica. É a terceira vez que o Maracujá Núcleo de Artes, formado há 14 anos, adapta uma obra de Michele Iacocca, cartunista italiano radicado no país. Seus protagonistas questionam o que é desgarrar-se de padrões. Afinal, divergências de raça, credo, nacionalidade, de visões políticas, sociais, sexuais e de gênero vêm sendo resolvidas de modo cada vez mais violento no seio das sociedades.