Ocorrências Comuns
Abaixo está uma lista de ocorrências que podem, vez ou outra, ser observadas pelos munícipes. É importante conhecê-las para compreender suas causas e quais as implicações e cuidados que demandam.
Água "Branca"
A saída de água "branca" da torneira não é indicativo de água ruim para consumo, e também não está associada ao excesso de cloro; na realidade, a água fica "branca" em ocasião da pressurização que sofre no sistema de distribuição.
Ao longo dos dias, é necessário ligar e desligar bombas de transporte de água por várias vezes, o que promove sucessivas pressurizações e pode fazer o ar atmosférico ficar aprisionado na água em forma de micro bolhas. Quando a torneira é aberta, essas micro bolhas aparecem e geram um tom esbranquiçado na água, o qual desaparece poucos segundos após deixar a água parada.
Portanto, a água "branca" é segura para consumo e não possui excesso de cloro!
Cheiro de Cloro na Água
Caso seja sentido cheiro de cloro na água, é necessário avaliar com cautela as razões.
Segundo dados da Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Cloro Álcalis e Derivados), que é referência no assunto, o cloro dissolvido na água só pode ser percebido pelo aroma em concentrações acima de 20 ppm. Na água tratada, o cloro residual livre nunca ultrapassa os 5 ppm de concentração (limitados por lei).
Sendo assim, o cheiro de cloro na água provavelmente não é devido a excesso de cloração, uma vez que mesmo no limite máximo pela legislação, não é possível sentir seu odor.
Por outro lado, o cheiro de cloro pode ser fruto da presença de outros compostos clorados como as cloraminas, e não necessariamente o cloro residual livre, servindo inclusive como indicativo de contaminação de caixas d'água e piscinas. Por isso, vale a pena avaliar as condições dos reservatórios e piscinas residenciais. Clicando AQUI, pode-se ler um artigo da própria Abiclor explicando essa ocorrência. Recomenda-se que as caixas d'água sejam limpas, ao menos, a cada 6 meses.
Parâmetros Físico-químicos e Microbiológicos da Água
As análises de água realizadas periodicamente na ETA e nas redes de distribuição de Iracemápolis/SP seguem uma sequência de parâmetros determinados pelas portarias
GM/MS N° 888 de 04 de maio de 2021 e
GM/MS N° 05 de 28 de setembro de 2017. Entretanto, para entender o que são e por que são feitas as tais análises, é necessário compreender cada um dos parâmetros em sua individualidade.
Cor
A cor é, como o nome sugere, o quão colorida (cromatizada) está a água. Nas condições normais e ideais, a água não possui coloração, sendo transparente. Caso haja apresentação de cor amarelada ou avermelhada, pode ser indicativo de alguma desconformidade, sendo necessário investigar a origem do fato. Em termos técnicos, a unidade de cor usada para medir é
Pt/Co (unidades de platina cobalto) e o equipamento capaz de realizar essa medida é o
colorímetro.
Turbidez
A turbidez é um indicativo do quão turva está a água. Ao observar um copo de água, deve ser possível enxergar através de suas paredes sem dificuldade, uma vez que a água é, em boas condições, cristalina; quanto mais "embaçada" a água estiver, tanto mais turbidez apresenta, sendo necessário investigar suas causas. A unidade de medida de turbidez é
uT (unidade de turbidez) e o aparelho capaz de medi-la é o
turbidímetro.
pH
O pH é uma grandeza química cujo nome correto é "potencial Hidrogeniônico". De forma simples, trata-se de uma medida de acidez da água; valores menores de pH indicam que a água está mais ácida, e valores maiores de pH indicam que a água está menos ácida. Essa mesma grandeza é usada no ramo de piscinas e aquarismo, pois é extremamente importante para a água. O pH
não possui unidade de medida e o aparelho usado para medi-lo é o
pHmetro. Normalmente, o pH da água potável é de 5 a 9.
Cloro
Na ETA de Iracemápolis, o cloro tem o nome correto de "Cloro Residual Livre" (CRL), ou seja, hipoclorito e ácido hipocloroso. Trata-se de um dos materiais mais importantes no tratamento de água, com as funções de eliminar bactérias, material orgânico, metais e outros contaminantes da água. A medida de CRL é feita em
ppm (concentração em partes por milhão) e o aparelho capaz de fazê-la é o
clorímetro.
Fluoreto
Chamado popularmente de flúor, o fluoreto é responsável por evitar a ocorrência de cáries a partir de seu contato com os dentes, quando na ingestão de água. Também há flúor presente nas pastas de dente amplamente comercializadas. Sua unidade de medida, na ETA, é em
ppm (concentração em partes por milhão) e o aparelho responsável por essa medida é o
fluorímetro.
Coliformes totais e Escherichia coli
Sendo os padrões microbiológicos mais conhecidos, os coliformes totais e E. coli são indicativos de contaminação da água por bactérias. De modo especial, a
Escherichia coli é um tipo de bactéria capaz de indicar contaminação fecal da água, além de ser causadora de doenças. Como pode-se imaginar, é esperada a ausência completa de ambos para assegurar a potabilidade da água. A melhor forma de evitar esse tipo de contaminação é o uso de um agente de desinfecção capaz de eliminar tais microrganismos, como é o Cloro Residual Livre (CRL). Existem diversas formas de avaliar a presença/ausência de coliformes na água, demandando uma
análise microbiológica do material.